“Arte Portuguesa. Razões e Emoções” está patente no MNAC, em Lisboa, desde 20 de abril de 2018 até 31 de março de 2019.
Na Ala rua Serpa Pinto
A presente exposição da coleção abrange grande parte do seu arco temporal, desde meados do século XIX até à década de 80 do século XX ocupando a totalidade das galerias do Museu, da Ala da rua Serpa Pinto. Inicia com o retrato, uma temática oitocentista, raramente abordada, em diálogos geracionais de coletivos de artistas e com obras desconhecidas de Miguel Lupi, Luciano Freire, Veloso Salgado, Duarte Faria e Maia e Constantino Fernandes.
Apresentam-se afinidades e permanências entre paisagens românticas e naturalistas, embora distintas na exaltação do sentimento e tratamento da luz natural, nostálgicos simbolismos de finais do século XIX, a partir de obras significativas e de autores pouco referenciados como António Patrício e José de Brito, e destaca-se um conjunto de pinturas inéditas do Legado Veloso Salgado, recentemente incorporado.
O sentido de modernidade das primeiras décadas do século XX, expresso pelas ligações de Amadeo de Souza-Cardoso às vanguardas internacionais, especialmente as suas propostas abstracionistas, articulam-se com os movimentos de contestação de meados do século XX e os novos parâmetros de figuração de Paula Rego, nas galerias principais do Museu. Revelam-se obras raramente mostradas de Emmérico Nunes, António Soares, Abel Manta, Bernardo Marques, Mily Possoz, Jorge Barradas, Hein Semke, Jorge Oliveira e ainda as magníficas colagens de Jorge Vieira.
Esta viagem por cento e cinquenta anos de arte portuguesa permite abordagens a autores e obras raramente mostradas, contextualizando razões, entre emoções e sensibilidades artísticas. A proposta curatorial aponta para uma reflexão sobre os envolvimentos sociais e políticos, e as noções do modo de ser moderno, desde o século XIX, ao distinguir no percurso cronológico, as continuidades e mudanças, os gostos e conceitos, na mais completa coleção de arte contemporânea, a próxima e a original, justificando assim a denominação deste Museu, fundado em 1911.
(M.A.S)
Na Ala rua Capelo
A afirmação do Pós Modernismo na arte portuguesa sucedeu a uma neovanguarda experienciada em período pré e pós-revolucionário, em contexto complexo e ambivalente. O abandono de algumas das linhas estéticas mais radicais, intimamente ligadas a uma utopia económica e política marxista, daria lugar à expressividade de alguns dos conceitos basilares da pós-modernidade como simulacro, autorreflexividade, alegoria, anti narrativa, indistinção entre cultura elitista e popular e uma rejeição de meta-discursos de qualquer natureza. Através de sete núcleos, Retorno à Pintura, Alegoria, Autorreflexividade e Identidade, Anti Narrativa, Distopia da Arquitetura Modernista, Crítica da Paisagem e Medium e Simulacro, reúnem-se obras da coleção do MNAC-MC, ou em depósito, que se inserem na gramática da pós-modernidade, ou que dela derivam através dos desenvolvimentos por parte de artistas de gerações mais recentes.
Curadoria: Maria de Aires Silveira, Emília Tavares, Emília Ferreira
Informações Úteis:
Entrada: valor variável
Entrada gratuita no 1º Domingo de cada mês
Horário:
Terça-feira a domingo: 10h00 às 18h00
Morada:
Rua Serpa Pinto, 4 | Rua Capelo, 13
1200-444 Lisboa
Transportes:
Autocarro: 60, 208, 758
Eléctrico: 28
Estação de Metro: Baixa-Chiado
Parques de estacionamento mais próximos:
Cais do Sodré, Largo do Corpo Santo, Praça Luís de Camões, Largo do Carmo, Santa Catarina