Reunindo uma série de artistas internacionais, a exposição No Place Like Home, está patente no Museu Coleção Berardo, em Lisboa, desde 28 de fevereiro até 3 de junho de 2018.
Uma tábua de engomar torna-se absurda e assustadora, as portas de uma casa são deslocadas, de um copo de cerveja brota uma cauda… Ao alterar o material, a escala e a perspetiva, ou ao empregar a hibridização, a fragmentação e o reposicionamento, os artistas transformam objetos domésticos de modo a alterar a nossa relação com eles e a provocar uma nova reação ao que é familiar.
Os espaços, os objetos e os materiais domésticos foram surgindo cada vez mais como tema e fonte de inspiração nas práticas modernas e contemporâneas. Na transição do objeto funcional para a obra de arte, o objeto doméstico torna-se uma ferramenta na investigação dos papéis dos géneros, do trabalho doméstico, da recolha e do acumular de objetos e num meio de pensar a casa, como o espaço central na formação da família e da memória, da identidade nacional e cultural.
Com origem no Museu de Israel, em 2017, No Place Like Home ganha agora uma nova expressão enquanto colaboração internacional entre Jerusalém e Lisboa. A exposição junta mais de 100 objetos das coleções do Museu de Israel, Museu Coleção Berardo, Coleção Ellipse (Holma/Ellipse), bem como obras de coleções privadas, galerias e artistas de todo o mundo.
No Place Like Home procura saber o que acontece se repusermos um objeto transformado no seu lugar “natural”, numa casa simulada. O tema, a amplitude e a configuração da exposição – bem como o seu catálogo inspirado no IKEA – oferecem-nos uma experiência de uma “casa” que é, ao mesmo tempo, familiar e desconcertante. Nesta exposição, concebida no espírito de um projeto arquitetónico, os visitantes desempenham o papel da família.
Esta exposição celebra o 101.º aniversário da icónica Fonte de Duchamp e o 102.º aniversário do movimento revolucionário Dada. Em cada “divisão”, artistas dos últimos 100 anos são chamados a dialogar. Esta escolha curatorial sublinha o legado espiritual de Dada, desde o readymade à exploração contemporânea da migração, da deslocação e da itinerância do artista numa era de globalização.
Curadora da Exposição: Adina Kamien-Kazhdan
Informações úteis:
Horário
De Segunda-feira a domingo, das 10h às 19h (última entrada até às 18h30)
Morada:
Praça do Império, 1449-003 Lisboa, Portugal
Transportes:
Autocarros
729 – Carris (paragem Centro Cultural de Belém)
714, 727, 728, 751 – Carris (paragem Belém / Mosteiro dos Jerónimos)
Elétrico, 15E – Carris (paragem Centro Cultural de Belém)
Comboio
Linha de Cascais – CP (paragem Belém)
Barco
Transporte fluvial a partir de Trafaria ou Porto Brandão para Belém – Transtejo