Fuck It’s Too Late, exposição de Binelde Hyrcan, com curadoria de Ana Cristina Cachola, está patente na Galeria Balcony, em Lisboa, desde 16 de novembro até 13 de janeiro de 2018.
Esta é uma exposição que reúne uma ampla gama de obras, na sua maioria inéditas e criadas entre o ateliê do artista em Luanda e a cidade de Lisboa.
Com instalação, pintura, fotografia, vídeo e outros “mambos”, Hyrcan traz para a Balcony toda a sua “banda” – “candongueiros”, jacarés e artefatos “hidráulicos”, histórias de rua e vozes das “manos” e “manas” que entre si criam economias de afeições em Luanda contemporânea. Entre o novo trabalho, destaca-se a frase que dá título à exposição – Fuck It’s Too Late, – escrita em néon e que Hyrcan quer manter aberta à pontuação de cada visitante.
“Fuck it’s too late for an Angolan artist to send a chicken into space, a story that only makes sense if told by Binelde Hyrcan in direct speech. However, Fuck is too late also refers to the latent ambiguity of the idea of time and temporality in its relation with the socio-local dimension of the economy. On the other hand, Luanda Island, where Hyrcan resides with his family, Luanda is recovering several biographical layers, configured in conversations, vernacular visuality, and a benign commerce of different affections and products. Hyrcan, who never abandons the tragicomic record, brings to the discussion an obliterated Angolan economy of media discourse: local commerce, candongueiros, personal relationships that permeate commercial exchanges or wills, “says curator Ana Cristina Cachola.
Sobre o Artista:
Binelde Hyrcan (Luanda, 1982). Vive e trabalha em Luanda. Estudou artes plásticas no Monaco e a sua produção abrange escultura, pintura, design, video arte e performance. Os diferentes materiais são os mecanismos utilizados pelo artista para refletir paradoxos e complexidades, costumes e atitudes político-sociais, criticando, assim, estruturas de poder e vaidade humana.
O artista tem vindo a desenvolver projetos artísticos em várias cidades do mundo. Das suas exposições individuais, destacam-se a abertura da 2ª Trienal de Luanda – Angola (2016) e No Restriction, II Columbia Gallery, Monaco (2014). Uma seleção de suas exposições coletivas incluem: Como viver juntos, Kunsthalle Viena – Áustria (2017); Gran Turismo no Centro Pompidou – Paris, França, Capital Dívida – Território – Utopia na Nationalgalerie im Hamburger Bahnhof – Berlim, Alemanha, (2016); 56ª Edição da Bienal de Veneza, artista representando Angola com o tema, Futuros de todos os mundos (2015); Na Zona de Voz, no Museu Berardo – Lisboa e Trânsito, na Bienal de São Paulo – Brasil (2013).
Informações úteis:
Horário:
Das 14h às 19h30
Morada:
Rua Coronel Bento Roma, 12A, 1700-122 Lisboa