A coleção do fundador da Gulbenkian apresenta uma seleção de livros do século XIX de Louis Legrand, em exposição até 30 de novembro de 2017.
Uma fatura da Librairie H. Floury, Boulevard des Capucines, Paris, datada de 2 de maio de 1899, regista a aquisição do catálogo da obra gravada e litografada de Louis Legrand (ed. 1896). Calouste Gulbenkian inicia assim a sua coleção de obras ilustradas ou encadernadas pelo artista francês – desenhador, aguarelista, gravador talentoso, ilustrador e encadernador. Legrand, enquanto «pintor da vida moderna», revela, através da sua produção artística, uma ideia de presente, desprovido de uma ordem estabelecida, em que faz o elogio do artifício, do transitório, da cidade, e mesmo dos aspetos mais singulares ou sombrios da natureza humana.
Entre os volumes aqui apresentados encontram-se algumas obras emblemáticas, que atestam as qualidades de ilustrador de Legrand, «adotado» pelo editor Gustave Pellet, responsável pela edição de gravuras de Toulouse-Lautrec ou Odilon Redon, e um dos mais importantes colecionadores da sua obra. A intensidade da ilustração dos textos de Edgar Allan Poe ou o conteúdo emotivo do seu «Livro de Horas» contrastam com o registo humorístico e com as cenas de um quotidiano citadino que Legrand pretendeu representar e que confirmam o seu ecletismo.
Informações úteis:
Horário:
Das 10h às 18h
Encerra às terças, 1 de janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro
Morada:
Av. de Berna, 45A, Lisboa
Transportes:
Metro de Lisboa, estação Praça de Espanha e São Sebastião
Estacionamento:
Parque Berna na Rua Marquês Sá da Bandeira, 1050-000 Lisboa