‘Tudo o que é profundo ama a máscara’ de Rita Ferreira e António Neves Nobre, está em exposição desde 23 de junho até 16 de setembro de 2017 na Galeria 3+1, em Lisboa.
Tudo o que é profundo ama a mascára é título da exposição que coloca em diálogo obras dos artistas António Neves Nobre e Rita Ferreira, na Galeria 3+1, em Lisboa. Com curadoria de Ana Cristina Cachola, esta exposição coloca em discussão as dinâmicas representativas que permeiam a produção de imagens através dos tempos. Nesta exposição, o gesto pictórico e a criação imagetica são expostos enquanto embustes, enganos e fingimentos de realidades anteriores e ulteriores, mostrando-se, contudo, como todos estes atributos são essenciais para um fazer novo ou de algo novo.
A frase de Nietzsche, em Para Além do Bem e do Mal, – “tudo o que é profundo ama a mascára” – é convocada, em formulação titular, para questionar precisamente a articulação entre as possibilidades criadoras e o irracional poético: a mascára que torna as imagens reais. Esta articulação é tratada por António Neves Nobre e Rita Ferreira a partir de posições localizadas dentro do território – sempre dilatado – da pintura. Através de estratégias subjectivas, os dois artistas constroem um imaginário ritualista que recupera tanto a festivo quanto o sacrifícial.
Todos os trabalhos apresentados foram produzidos para esta exposição que se enquadra na programação da Galeria 3+1 no ano do seu décimo aniversário.
Sobre os artistas:
António Neves Nobre nasceu em 1993. Vive e trabalha em Lisboa. É licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Foi artista nomeado para o prémio Arte Jovem, Prémio Nacional para alunos de Artes Visuais, Carpe Diem Arte e Pesquisa, 2016. Recentemente realizou a exposição individual Testemunhas, Travessa da Amorosa, Lisboa (2017) Participou também nas seguintes exposições colectivas: Alguns Desenhos, Rua Actriz Virgínia, Lisboa (2016) Casa Ocupada, Casa da Dona Laura, Lisboa (2016) Finalistas Pintura Belas- Artes 14’15, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa (2016) Arte Jovem, Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa (2016) Ciclo Corda Bamba, Casa Ferreira, Lisboa (2016) Cast a Cold Eye, Museu Condes de Castro Guimarães, Cascais (2015) Ninguém diz Nada, Quinta da Alagoa, Carcavelos (2013) 96 Horas, Espaço Porta 6, Lisboa (2012).
Rita Ferreira (1991), vive e trabalha entre Lisboa e Berlim. É licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Venceu, em 2016, a Bolsa Jovens Criadores do Centro Nacional da Cultura. Realizou a primeira exposição individual na Galeria Diferença em Lisboa intitulada Boca Seca Coluna Húmida com curadoria de Ana Cristina Cachola em 2017. Entre as exposições colectivas contam- se: A coisa está preta, curadoria de Pipi Colonial (Ana Cristina Cachola, Daniela Agostinho e Joana Mayer), Bregas, Lisboa (2017); Primeira Página, Galeria Módulo, Lisboa; O Papel do desenho. O mundo é a minha imaginação, Galeria Angeles Baños, Badajoz; Finalistas de Pintura, SNBA, Lisboa em 2014; Ninguém diz nada, Quinta da Alagoa, Carcavelos, Lisboa; FUSO- Anual de Video de Arte Internacional de Lisboa, Museu da Electricidade, Lisboa; Summer Calling, Sala do Veado – MNHNC, Lisboa em 2013; Piquete, Residências Coop, Lisboa e GAB-A, FBAUL, Lisboa em 2012.
Publicou na Revista Contemporânea uma entrevista ao artista André Romão intitulada A política sente-se nos ossos em 2016 e integrou ainda o corpo editorial da Revista Marte#05 – Os processos da arte juntamente com Catarina Rosendo, Igor Jesus, Ligia Afonso e Sara Brito na qual publicou ainda uma entrevista ao artista José Loureiro intitulada A pintura é uma sardinha em 2014.
Sobre a curadora:
Ana Cristina Cachola é doutorada em Estudos de Cultura, pela Universidade Católica Portuguesa, com a tese “Representações da Identidade Cultural Portuguesa na Arte Contemporânea – Pós-imagens entre o pedagógico e o performativo”, investigação financiada, através de bolsa individual de doutoramento, pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. É mestre em Gestão Cultural pela mesma instituição e licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. É investigadora no Centro de Estudos de Comunicação e Cultura da Universidade Católica Portuguesa, instituição onde tem lecionado como docente convidada, em diversas disciplinas no âmbito dos Estudos Artísticos e dos Estudos de Cultura. É co-editora da revista internacional online Diffractions – Graduate Journal for the Study of Culture e escreve regularmente para catálogos e outras publicações artísticas e académicas. É curadora independente e fundadora do colectivo de curadoria e investigação Pipi Colonial.
Informações úteis:
Horário:
De terça a sexta das 14:00h às a20:00h
Sábado das 11:00h às 16:00h
Ou por marcação prévia
A Galeria estará encerrada de dia 1 de agosto a 28 de agosto.
Morada:
Largo Hintze Ribeiro 2E-F, 1250 – 122 Lisboa
Transportes:
Metro: Baixa-Chiado (Saída Largo do Chiado)