São instalações e esculturas com movimento, um movimento que mais parece uma dança delicada para ser apreciada sem pressas. O objetivo é explorar os limites dos efeitos visuais e da própria ilusão de ótica pelas esculturas, que vão desde simples e pequenas produções, a consequências magnificas e magnificentes.
Já encontramos chuva metalizada dentro de um aeroporto, pequenas partículas que apresentam os modelos dos carros da BMW, insectos gigantes que interagem com o público, fitas de papel que esvoaçam por cima das nossas cabeças como se fossem uma onda gigante, entre muitas outras ideias postas em prática pelo mundo fora.
Por detrás de cada instalação/escultura está um trabalho extensivo de preparação e estudo. Toda a mecânica é testada e programada antes de ser instalada na escultura, todos os materiais têm de ser compatíveis com os movimentos, têm de ser ponderados e testados.
A intenção é criar uma nova experiência ao observador, incentivar uma nova forma de interação com as artes plásticas e com a própria experiência visual. Aqui ficam algumas das esculturas que mais me fascinaram, pelo movimento, pelo efeito final, ou simplesmente pelo feeling ideia.
Breaking Wave de Plebian Design e Hypersonic
804 esferas penduradas sempre em movimento conjunto. À medida que as esferas vão mexendo, vão ganhando forma que apenas pode ser vista de alguns pontos da sala, se de um lado parece um caos completo, do lado oposto as pequenas esferas formam uma forma geométrica conjunta perfeita. Podem ser vistos labirintos e a espiral Fibonacci inspirada na ordem natural geometria das plantas.
Liquid Shard (fragmento líquido) de Patrick Shearn
Instalada na baixa de Los Angeles, EUA, são 15.000 metros quadrados de fitas prateadas embaladas pelo vento. A inspiração vem da própria perceção humana da natureza e dos limites do conhecimento que temos sobre o que se passa à nossa volta.
A ideia é de Patrick Shearn e foi construída e erguida com a ajuda da empresa Poetic Kinetics (que entretanto também fiquei fã) e dos estudantes de Los Angeles da AA Visiting School.
Asinas de Jennifer Townley
Duas hélices cónicas de madeira e metal com 65 elementos, movidas por um motor elétrico para gerar um movimento natural e suave, que delicadamente se absorvem entre si num movimento circular infinito.
Podem ver no site da artista a explicação de como é feito, basicamente é geometria e matemática combinadas para resultar num efeito calmante e viciante.
Para lá do top 3 foram muitas mais os conceitos que me chamaram a atenção, que é como quem diz, que me apanharam o olho. Aqui ficam mais alguns videos para apreciarem:
Wood that Works de David C Roy
Compilação de Anthony Howe
Unicyclist
Guardião do buraco de U-Ram Choe’s
BMW
Ali and Nino – A estátua do amor
Chuva Cinética no aeroporto de Singapura