Eixo da Bussula II de Luís Nobre

Patente na galeria de Arte Contemporânea Carlos Carvalho, em Lisboa, de 22 de junho a 03 de setembro de 2016.

A análise e desmontagem das unidades estruturais da linguagem visual: linha, cor, forma, composição, textura, tornando-a o mais alargada e permeável possível, é o objecto de trabalho de Luís Nobre. 

A narrativa da imagem – o que a identifica – é descaracterizada pela intersecções de formas, estilos no sentido de a isolar e dar-lhe uma outra leitura quando próxima de outras imagens. Por isso, para Luís Nobre tudo é caos e o caos é uma forma de análise visual.

O único elemento comum de ligação entre a plêiade de formas, estilos, agregações, suportes, é o desenho. O desenho é o fio aglutinador deste esforço de convivência das formas e significados: reconecta ideias e conceitos, circunscreve unidades, enuncia complexidades e descreve relações. A subjectividade inerente à prática do desenho, ao processo de apropriação das formas e a sua fase de integração, segue um raciocínio que é próprio deste artista porque só este delimita o campo da obra e decide quando esta está concluída. O trabalho de montagem da exposição é uma acção performativa do artista em diálogo com a experiência do espaço e o vocabulário de formas que dispõe.

Eixo Da Bússola situa-nos num espaço, orienta, cruza eixos. É nesta situação ou neste ponto, para alem do qual podemos desenhar a leitura dos respectivos trabalhos.

A desconstrução de estruturas e padrões apresenta-se como um processo onde o que é a repetição, o original e a cópia confundem possíveis  ordens, criando aproximações e distâncias entre pormenores e escalas.

A documentação e o registo assumem  papeis paralelos, do desenho à fotografia, nessa classificação do que existe, é sempre redutora em relação à sua verdadeira essência, mas se mantermos em aberto essa interpretação mais perto chegaremos ao que realmente precisamos.

 

Sobre Luís Nobre:

Esta dimensão projectual da sua obra, remete-nos para o trabalho de atelier que se distende até ao espaço expositivo convocando o espectador para um encontro com obras aparentemente inacabadas. As imagens, os objectos, os animais ou os motivos de decoração parecem – por vezes fragamentados – estar suspensos no processo de trabalho do autor e cruzam-se em composições  formais que se aproximam de um meta-representação da realidade.

Luís Nobre interessa-se essencialmente pela descontextualização dos objectos que seleciona procurando subverter os modelos convencionais da representação através da alteração da escala, da colocação de uma obra num contexto aparentemente inusitado.

Texto de João Silvério

 

Aqui ficam algumas obras do artista:


Informações Úteis:http://www.carloscarvalho-ac.com

Galeria Carlos Carvalho

Luís Nobre – Galeria Carlos Carvalho

Luís Nobre

Luís Nobre Galeria Kubik

 

Entrada Livre

 

Horário:

Segunda a Sexta das 10h às 19h30 e

Sábado das 12h às 19h30

 

Morada:

Rua Joly Braga Santos, Lote F – R/c

1600-123 Lisboa

 

Transportes:

Metro das Laranjeiras

Carris 202, 701, 726, 755, 764, 768

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